Quem ama animais sofre muito quando tem que doar os seus.
Se você se vir obrigado a doar seu animal por pressão de vizinhos, ou síndicos, consulte primeiro um advogado. Atualmente existem varias medidas judiciais (e não judiciais) que resolvem esse problema a seu favor, mesmo contrariando convenções de condomínio.
Mas se você tiver que doar mesmo algum animal, pense nas dicas que os protetores independentes recomendam:
1. O ideal é você doar o animal para alguém que conheça muito bem.
2. Se isso não for possível, nunca doe o animal antes de conhecer a casa do adotante. Peça endereço, telefone, xerox do RG ou CPF e de um comprovante de residência do adotante. Faça-o assinar um termo de responsabilidade – se precisar do termo, escreva-me que eu enviarei uma cópia, onde conste que você, ou um representante seu fará visitas ao animal sem aviso prévio. Se o adotante se recusar a assumir esses compromissos, não doe.
3. Se seu cão foi criado em ambiente familiar, não doe para empresas, fábricas, estacionamentos, oficinas mecânicas, porque ele sofrerá muito mais. Também não doe para canis, a menos que seu animal esteja acostumado a conviver com outros.
4. Desconfie muito de quem já tem muitos animais e quer cães de raça. Podendo, doe o animal já castrado, principalmente se for fêmea, nunca esquecendo que os machos também são usados para reprodução, sendo descartados posteriormente. Alguns “criadores” confinam os pobres em canis pequenos e sujos, tirando cria indiscriminadamente para descartá-los aos 6/7 anos, quando não poderão mais procriar. São os famigerados criadores de fundo de quintal que têm a ilusão de ganhar dinheiro fácil com criação. Nem sempre essas pessoas possuem um canil confortável, a maioria inicia a criação com a adoção de uma fêmea ou casal. Nem preciso dizer que eles não têm qualquer cuidado com a saúde dos bichos. Você gostaria que seu animal passasse o resto da vida preso em um canil, procriando sem parar? Duas boas dicas para evitar esse tipo de adotante: dizer sempre que o animal já foi castrado e nunca dizer que tem pedigree; omita também a raça, diga apenas o porte ou, no máximo que é um mestiço da raça, Mesmo sendo uma mentira, isso afasta de pronto esses “comerciantes”.
5. Cuidado também ao doar para sítios. Ele pode fugir e os caseiros nem sempre cuidam adequadamente do animal.
6. Faça e ajude campanhas de castração. Seja consciente, contribua para o controle de natalidade animal, evitando nascimentos descontrolados, abandonos e mortes.
7. Ajude também a conscientizar quem nunca teve um animal, que um filhote é bonitinho e dá muita alegria, mas ele também dá trabalho, despesa e cresce. Isso vai evitar que tantos animais sejam abandonados, porque o dono não pensou nesses três itens quando levou o “bichinho de pelúcia vivo” para casa.
Esta página é de responsabilidade de Denise Grecco Valente.
Advogada, pesquisadora e editora de conteúdos e protetora virtual de animais.
Tem dois cachorros, um maltês de 9 anos chamado Sushi cujo primeiro dono foi para a Europa e Abigail, uma mestiça de cocker que foi salva de morrer no centro de zoonose de Diadema,
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